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Exército: Eventos da Semana - Repercusão e Análise Sobre a Operação

Durante mês o exército brasileiro, foi alvo de comentários locais, até mesmo nas redes sociais comenta-se, uns sobre opiniões pessoais sobre o porte físico dos soldados (caso das mulheres) outros sobre o belo trabalho do comando local, encabeçado pelo capitão e, mais recentemente, ou até sexta-feira, pelo comandante do batalhão comandante Héber.
As palestras contou com a participação dos estudantes, que fizeram perguntas e atuaram em pequenas peças improvisadas nesta quarta no pátio da escola. 
Desta vez o trabalho se desenvolve nas escolas públicas do município de Centro do Guilherme. A comunidade escolar vem recebendo orientações sobre saúde, educação, comportamento (bullying por exemplo), entre outras. As orientações se dão por meio de palestras ministradas especialmente por tenentes da base local e com direção e participação do capitão. A primeira aconteceu terça-feira (16) na escola José Torres Evangelista nos três períodos, o tema foi o próprio exército. os alunos e demais participantes aprenderam sobre a conduta, a função, história e composição das forças armadas, especialmente do exército do Brasil. A segunda rodada de palestra aconteceu ontem (17) também nos três períodos e o tema foi um mix de saúde e bullying. Bem abaixo disponibilizamos slides de fotos da maioria dos eventos e vídeos dos mesmos para posterior lembranças.

Repercussões:
Sobre as redes sociais, há que se mencionar que por mais que as crianças se alegrem com o trabalho, a ´população se sinta protegida, existem pessoas que se sentem prejudicadas ou mesmo inibidas pela dos militares. É o caso dos madeireiros locais, pois os de fora (câncer do restinho de floresta que resta) já foram, em sua maioria, e dos homens, jovens especialmente, que se veem enciumados pelo fato de jovens mulheres, comentarem, tietarem e até mesmo namorarem alguns dos militares. Há que se entender que isso tudo é normal. "Os homens normalmente não têm essa liberdade de sair do acampamento para se divertir, uma vez outra isso tinha que acontecer, palavras de um popular que afirmou ter conversado sobre o assunto com um dos soldados. O fato só ganhou notoriedade porque foi assunto tendente nas redes sociais e as reclamações chegaram a público no painel de recados do site. Merece destaque nesta matéria, embora que não seja associada ao ótimo trabalho social do 24º Batalhão de Caçadores, Batalhão Barão de Caxias.

Operação Hileia Pátria:
A operação que ora é realizada em Centro do Guilherme e região continua uma incógnita, do ponto de vista da seu alvo. O que se viu até então, desconsiderando o caráter confidencial da mesma, foram apenas serrarias sendo ocupadas, algumas desmanchadas, palestras, apresentações militares em praça pública entre outras que, não mostram para a população a real forma de combate ao desmatamento, como fica implícito no nome da operação. Entende-se que o trabalho do exército é ostentar, manter a ordem, enquanto que o IBAMA ou a Polícia Federal faça a frente no combate. Viu-se que apenas com a presença do exército a inibição dos madeireiros ilegais (neste caso todos) foi iminente. Mas as formas de manutenção da produtividade, da ascensão social  e dos empregos (mesmo informais) não estão  fáceis de se entender de agora para frente. A criação de oficinas para o trinamento e outras orientações à população local para o bom uso da madeira e demais fontes de rendimentos, por parte dos militares se faz necessárias. Ora esta cidade foi declarada pelo IBGE no início da década como a cidade mais pobre do país. Em dez anos não dá pra virar essa página, mesmo porque a maioria das atividades lucrativas locais nunca se oficializaram junto aos órgãos federais para serem declaradas junto aos índices e estas atividades, em sua maioria, são além de irregulares, criminosas. É o caso do comércio da maconha, e mais recentemente do crack, droga que está acabando com famílias inteiras no município.
A visão de continuidade ou melhoria na produtividade e na renda dos trabalhadores locais não é sequer imaginada pelos locais. A prefeitura sozinha não consegue recuperar quase duas décadas de atraso em pouco tempo, embora tenha avançado em infra-estrutura. Mas o Brasil deveria olhar mais para Centro do Guilherme. Os hábitos de trabalho e sustentos precisam ser mudados, mas não mudam sem orientação técnica ou naturalmente. É preciso desenvolver projetos que visam a mudança no curso de desenvolvimento, especialmente no uso dos recursos naturais, bem como a esquecida produção agrícola, únicas fontes de renda lecal, ao lado da pecuária, que só funciona com os fazendeiros ricos.